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Como curar (quase) tudo

Atualizado: 8 de jul.

Você nunca vai ficar doente... Provavelmente

Como curar (quase) tudo
Como curar (quase) tudo

Se existe algo que escuto com frequência no consultório, é isso:

“Quero resolver logo. ”“Não tenho mais tempo pra sentir tudo isso.”“ Tem algo que funcione de forma rápida?”

E, honestamente? Eu entendo.

Vivemos em um tempo onde esperar é sinônimo de fraqueza, onde tudo precisa ser resolvido com a mesma velocidade de um clique. Queremos respostas curtas, resultados imediatos e emoções organizadas como se fossem arquivos digitais.

Mas quando falamos de saúde emocional, a urgência pode ser um inimigo silencioso. A pressa pela cura nos faz cair em armadilhas que só aumentam a dor.


A ilusão da solução imediata

Tomamos um remédio para dormir. Assistimos a um vídeo de 2 minutos sobre meditação. Seguimos perfis de frases motivacionais e, por alguns minutos, sentimos uma fagulha de bem-estar.

Mas logo… o vazio volta. O desconforto reaparece. A ansiedade bate à porta como se nunca tivesse saído.

O problema não está em buscar alívio. O problema está em parar por aí.

Porque quando usamos uma solução rápida para fugir de uma dor profunda, o que fazemos é empurrar o problema para um lugar mais fundo. E o que não é curado, volta — muitas vezes de forma mais intensa.


O corpo e a mente não se enganam

Vamos pegar um exemplo comum: o sono.

Muita gente vive uma rotina acelerada, estressante, sem pausas, e, ao deitar, o corpo ainda está em estado de alerta. O sono não vem.

A resposta automática? Um remédio, uma receita milagrosa, um chá novo que promete o tal “sono da beleza”.

Por um tempo, até funciona. Mas o corpo é sábio. Ele entende que está sendo forçado a descansar. E como defesa, começa a criar tolerância. A pessoa aumenta a dose. O sono fica artificial. A memória começa a falhar. O cansaço nunca vai embora.

E o que era para ser um descanso, vira uma dependência. Tudo isso para evitar encarar a verdadeira pergunta: por que meu corpo não está conseguindo descansar?


O sintoma como mensageiro

Ansiedade, insônia, irritação, falta de energia — todos esses são sintomas, não vilões. Eles são mensageiros do corpo e da alma, tentando nos mostrar que algo está fora de lugar.

Quando os silenciamos com soluções rápidas, perdemos a oportunidade de compreender o que eles estão tentando nos dizer.

É como calar uma criança que chora com um doce: ela para por um instante, mas não porque o problema foi resolvido — e sim porque foi distraída. Só que o choro, mais cedo ou mais tarde, volta.


Por que temos tanta dificuldade em lidar com o processo?

Porque o processo exige tempo. Exige pausa .Exige presença.

E isso dói. A dor de olhar para as nossas feridas. A dor de reconhecer padrões que nos sabotam. A dor de admitir que, muitas vezes, o que nos machuca está dentro — e não fora.

É muito mais fácil acreditar em atalhos. Mais confortável comprar a promessa da cura em sete passos. Mais palatável ouvir que um suplemento ou uma técnica resolve tudo.

Mas a cura de verdade exige mergulho.


A natureza humana e o desejo pela gambiarra

Nosso cérebro é programado para buscar o caminho mais fácil. Isso não é fraqueza, é sobrevivência. Acontece que, no mundo moderno, essa lógica nos deixa vulneráveis a soluções fáceis, baratas e de efeito rápido.

Queremos emagrecer sem mudar hábitos. Dormir melhor sem repensar nossa rotina. Viver com propósito sem abrir mão do controle. Ter mais energia sem olhar para a vida que estamos levando.

E assim seguimos colecionando sintomas… e maquiando causas.


Então, por onde começar?

Começa quando paramos de brigar com os sintomas e decidimos escutá-los. Quando trocamos a pergunta “Como me livro disso?” por “O que isso está tentando me mostrar?”

Começa quando entendemos que cura não é linha de chegada. É estrada. É prática. É humildade para aceitar ajuda .É coragem para sentir, processar e atravessar.


O que vale mesmo é a direção

Não se trata de romantizar a dor, mas de encará-la como parte da jornada .A dor que é acolhida vira ponte. A que é evitada, vira prisão.

E a boa notícia? Você não precisa caminhar sozinho.


✳️ O primeiro passo

Se você sente que chegou ao seu limite com fórmulas rápidas e promessas vazias, talvez seja hora de dar um passo diferente.

🔹 Vamos conversar?

Eu criei um espaço de escuta segura, acolhedora e estratégica, para quem quer sair da repetição e construir mudanças reais — com presença e propósito.

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Porque o que é verdadeiro não vem rápido — mas permanece.

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